A aerofotogrametria se trata do processo de aquisição de informações a partir de sensor embarcado, mas para que o levantamento aerofotogramétrico seja realizado com sucesso é necessário seguir alguns passos.
Por Luís Antônio Soares*
O levantamento aerofotogramétrico é, hoje, a tecnologia mais usada em mapeamento de grandes áreas, pelo fato de apresentar produtos precisos a custos relativamente baixos. Esta já é um dos métodos consolidados dentro da Fotogrametria e, consequentemente, dentro dos processos de medição. Desenvolvida principalmente no início do século XX, essa técnica, até hoje e cada vez mais, se faz importante na geração de materiais cartográficos, nos quais medidas da superfície terrestre, anteriormente obtidas por métodos topográficos, agora, são obtidos por meio de fotografias aéreas.
Inicialmente, as imagens eram capturadas com balões. Depois, os aviões e os helicópteros passaram a auxiliar neste processo. Atualmente, o mercado oferece aeronaves tripuladas, satélites e drones equipados com câmeras especiais, capazes de registrar dados para diferentes fins.
O advento dos RPAs, popularmente conhecidos como drones, trouxe ainda mais facilidade, agilidade e menor custo aos levantamentos, propiciando o mapeamento de áreas menores e ampliando o leque de aplicações. Dentre essas aplicações, podemos citar a Engenharia e a Arquitetura, que se utilizam dos drones como ferramenta de apoio em diversos projetos, comprovando que os drones tem ganhado espaço significativo na economia mundial. Logo, é importante que se saiba os conceitos, técnicas, softwares e aplicações dos drones com ênfase na Engenharia e Arquitetura, suas regulamentações e as exigências desse setor.
Dicas para realizar um Levantamento Aerofotogramétrico
1. Planejamento de Voo
O planejamento de voo se trata de uma das etapas mais essenciais de um Levantamento Aerofotogramétrico. É nesta etapa que são definidas diversas variáveis que irão orientar todos os passos futuros e ajudar a obter o sucesso no levantamento. É importante que seja feito o reconhecimento da área e sua delimitação, indicar o perímetro de interesse, local de lançamento e pouso, modelo de câmera utilizada, direção do vento, altitude e velocidade de voo e o grau de sobreposição das imagens.
2. O levantamento em campo (o voo em si)
É importante que o profissional fique atento ao manual de manuseio do Drone e verifique o estado do equipamento e das baterias para que não haja problemas futuros. Alguns drones são lançados manualmente e tem detalhes exclusivos em que o operador deve seguir. Ao chegar em campo, é importante analisar as reais condições climáticas e possíveis condições que fogem do planejado no plano de voo. Além disso, é importante implantar os pontos de apoio e de verificação para controle do levantamento aerofotogramétrico.
3. Acompanhamento do voo
É importante que o operador acompanhe em solo, seja por um notebook ou smartphone, os parâmetros de voo como: altitude, velocidade da aeronave, velocidade do vento e estabilidade para assegurar a qualidade das fotos. Vale ressaltar que caso haja, durante o voo, algum imprevisto que fuja do planejamento, o operador cancelar a operação guiando o Drone para o ponto de pouso planejado.
4. Georreferenciamento das imagens
O georreferenciamento das imagens é essencial quando se quer trabalhar com informações que necessitam de medições ou necessitem de rigor quanto à acuracia. Logo, georreferenciar uma imagem é inserir os pontos de controle para que esta seja adaptada à um sistema terrestre (Geodésico) e vinculados todos os outros pontos a eles.
5. Processamento das imagens
Esta etapa é a parte de extração de informações a partir das imagens já corrigidas. Há uma gama de produtos que podem ser gerados utilizando as imagens de drones como matéria-prima. Dentre as aplicações, podemos citar: o mapeamento geológico, o acompanhamento e inspeção de obras de engenharia civil, agricultura de precisão, arqueologia, arquitetura, monitoramento ambiental e de acidentes e fins militares.
Fonte: Instituto GEOeduc
* Luís Antônio Soares – Engenheiro Cartógrafo e Agrimensor. Mestrando no programa de Ciências Geodésicas da Universidade Federal do Paraná, graduado em Engenharia Cartográfica e de Agrimensura na Universidade Federal de Uberlândia e ex-bolsista nos programas Jovens Talentos para Ciências CAPES/CNPq, PIVIC e PIBIC/CNPq. Além disso, atuou como membro na EJEAC Consultoria, no qual desempenhou a função de Diretor Administrativo-Financeiro e Diretor Presidente. Participou do programa de mobilidade acadêmica Internacional BRAFITEC no período de 2015-2016 no Institut National des Sciences Apliquées em Strasbourg, França.
Ótimo trabalho!
Após perder muito tempo na internet encontrei esse blog
que tinha o que tanto procurava.
Parabéns, Gostei muito.
Meu muito obrigado!!!
boa tarde, dou projetista de Tubulações e gostaria saber mais sobre a utilização de drones para levantamentos de campo e asbuilt de plantas existentes para fins de ampliações.