Empresas usam pequenas aeronaves não tripuladas para prospectar terrenos, apresentar etapas da obra e promover venda de imóveis já concluídos
Por: Altair Santos
As pequenas aeronaves não tripuladas desembarcaram na construção civil. Conhecidos como drones, essas máquinas passaram a ser usadas pelas construtoras para comprar e vender. Servem para que as empresas avaliem terrenos, visualizem melhor a área e tenham noções mais exatas de como o projeto irá se adequar à topografia e à insolação. Por outro lado, os drones ajudam também a vender e a fornecer informações sobre o cronograma da obra, àqueles que compraram na planta. Conforme o empreendimento avança, filmagens mostram detalhes e são repassados em vídeo aos clientes.
Quando o prédio fica pronto, o drone passa a servir de ferramenta para o marketing. O sobrevoo revela detalhes da obra finalizada para cativar potenciais compradores. Além disso, auxilia o comprador a ver aspectos técnicos do imóvel, andar por andar. É o que garante o diretor de empreendimentos da Swell Construções e Incorporações, Leonardo Pissetti. “Antigamente, vendia-se o apartamento somente a partir de uma planta baixa ou da perspectiva de uma fachada. Isso evoluiu para o tour virtual e o apartamento decorado. Agora, o drone abre a possibilidade de anexar imagens reais à comercialização do imóvel”, avalia.
A tecnologia ainda auxilia os empreendedores na decisão de compra do terreno, fornecendo informações mais precisas sobre como a insolação afetará a edificação em cada um dos pavimentos e em cada cômodo do imóvel, conforme o horário. “O drone possibilita não só ter uma imagem em 360 graus, mas ver a edificação em várias cotas de níveis, dando a noção exata do que pode ser enxergado a partir de cada um dos pavimentos. Com essas informações, é possível definir o projeto e estabelecer, por exemplo, onde fica melhor instalar a sacada”, diz Leonardo Pissetti.
Dentro do canteiro de obras os drones também se mostram ferramentas úteis. Auxiliam, por exemplo, nas vistorias. “O equipamento possibilita verificar áreas de acesso difícil, como o teto de uma caixa de água ou um telhado. Eles contribuem ainda na prevenção. Você consegue ver, por exemplo, se uma calha foi bem instalada ou se não está entupida”, destaca o diretor da Swell. A empresa foi a primeira no Brasil a usar drones dentro do mercado imobiliário, mas outras incorporadoras já adotam a mesma estratégia. Principalmente nas cidades de São Paulo e Brasília.
Sob o ponto de vista de elemento para venda de imóveis, Leonardo Pissetti entende que o drone, além de passar uma imagem real do imóvel, também ajuda o comprador a ter uma noção exata do entorno. “Antes, ele teria que acessar o Google para ver o parque mais próximo, o shopping, o colégio etc. Com as imagens do drone, todas essas informações estão em um único conteúdo”, afirma, prevendo que os equipamentos não tripulados e o mercado imobiliário não irão mais se separar.
Entrevistado
Engenheiro civil Leonardo Pissetti, diretor de empreendimentos da Swell Construções e Incorporações
Contato: leonardo@swellconstrucoes.com.br
Crédito Fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Fonte: http://www.cimentoitambe.com.br