Any Karolyne Galdino – Engenhariae.com.br
Nos últimos anos o Brasil todo ficou de luto pelas tragédias nas cidades mineiras de Mariana e Brumadinho, ambas decorrentes de rompimento de barragens.
O que aconteceu evidencia que o trabalho de fiscalização precisa ser reforçado junto às mineradoras do país. No país, são 24.092 estruturas cadastradas no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, último consolidado pela Agência Nacional de Águas (ANA), sendo que 18.324 (76%) não possuem informações suficientes para serem incluídas na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). As que estão nesta política são as que deveriam ser fiscalizadas.
Isto passa a ser uma oportunidade para startups que trabalham com tecnologia de drones e monitoramento por imagens atuarem na prevenção de desastres como o de 2015 e o da semana passada. Pois o principal fator desta limitação é o quantitativo de fiscais que trabalham com o tema, uma deficiência que pode ser minimizada com o uso de tecnologias.
Com a convocação da ABDI para startups e empresas de tecnologias para desenvolver e aplicar soluções em ajuda a Brumadinho, muitas das 1.500 que atenderam ao chamado atuam com tecnologia de drones. “As nossas reuniões com o ecossistema de inovação aqui em Brumadinho, com o presidente e diretoria da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), governo do Estado, com o subsecretário de Inovação de Minas Gerais, levaram em consideração o uso de drones para reforçar a fiscalização e o mapeamento das estruturas das barragens”, comenta o Presidente da ABDI, Guto Ferreira.
“Com os drones seria possível fazer todo o mapa da barragem, e identificar onde há fissura ou algum outro problema”, afirma Gabriel Postiglioni, Sócio da Nong Precision Agriculture, uma startup que faz projetos ambientais, de agricultura de alta precisão e em edificações.
Fonte: http://www.engenhariacompartilhada.com.br